Monique Ferbek
Nada melhor que ver o que estudamos nos livros de forma aplicada e prática, não é verdade? O aprendizado se torna ainda mais prazeroso quando materializamos e podemos vivenciar o conteúdo teórico em nosso dia a dia. Foi isso que a equipe da EMEF Córrego São Paulo, em Aracê, propiciou aos alunos que estudam do 6º ano à 8ª série na instituição.
Recentemente, os estudantes ultrapassaram os limites da sala de aula e realizaram uma aula prática e visita pedagógica na Fazenda do Centro (Casarão) e na Gruta do Limoeiro no município de Castelo. Acompanhados pela diretora Selma de Cássia Bellon Jubini, secretária Manoela e os professores Deocléria, Evaldo e Mateus, o objetivo foi aprofundar os estudos e conhecer história da época.
A primeira parada foi no Casarão da Fazenda do Centro que é um patrimônio arquitetônico, histórico e cultural tombado pelo Conselho Estadual de Cultura no ano de 1984. Erguido pelos escravos e acrescido em diferentes épocas, apresenta forte testemunho de formas de construir no Espírito Santo.
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Recebidos pela guia Luciene, os alunos e a equipe escolar presenciaram uma palestra, motivando os alunos a conhecerem a história do Casarão, que tem 1.800 m², possui dois andares e foi erguido em 1845 por Antônio Machado Vieira da Cunha. “Houve grande interesse de todos os alunos com a participação ativa, fazendo perguntas e questionamentos”, disse a diretora Selma.
Já na Gruta do Limoeiro, antes de conhecê-la, os alunos foram recebidos com explicações. O local é o mais importante sítio arqueológico da pré-história do Espírito Santo. “Há estudos que comprovam vestígios da presença humana datados de aproximadamente 4500 anos. Os educandos, juntamente com a equipe da escola, participaram ativamente das atividades propostas e de conhecer a gruta, tiveram ainda a participação dos alunos em várias brincadeiras relacionadas ao Dia do Índio”, complementou Selma.
Percepção de alunos e professores
A experiência foi aprovada pelos estudantes e pelo corpo docente. Cada um deles, destacou o que mais lhe marcou durante as atividades. “Sair do cenário da escola e conhecer lugares históricos enriquece os conhecimentos de nossos alunos, foi uma aula diferente onde todos puderam participar, questionar e conhecer na prática um pouco da história do Estado do Espírito Santo”, ressalta a diretora.
“Foi uma aula interessante, comunicativa e participativa. Acredito que devemos sempre que possível, levar nossos educandos numa aula de campo para despertar o interesse deles no tema trabalhado em sala e a importância dos estudos” avaliou a professora de Língua Portuguesa, Deocléria Pereira Fioresi.
O professor Evaldo comentou que a aula de campo enriqueceu o conteúdo, onde os alunos puderam vivenciar a história e que a visita contribuiu para o conhecimento de todos.
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A aluna do sexto ano Emanuele Pansini Mazocco, achou a visita interessante, aprendeu bastante com as palestras das guias, pois falaram sobre a história dos patrimônios históricos do Estado. A aluna do sétimo ano Lívia Garcia Bellon achou a visita muito significativa, e disse que poderia haver mais visitas iguais a essa.
Já o aluno do oitavo ano Pedro Yago Ferreira Pizzol, achou a aula de campo ótima. “No Casarão, aprendemos muitas coisas, como, por exemplo, que lá tinha muito ouro, que tinham de 200 a 600 escravos. Na gruta, aprendi que a ela se formou pelo mar. Gostei muito dessa aula de campo e gostaria que tivesse mais, porque lá nós aprendemos em um dia o que na escola, às vezes, levamos mais tempo para aprender e fixar”, ressaltou.
“A visita que fizemos foi muito boa, fomos para Castelo aprender um pouco sobre a história do lugar e do Casarão na Fazenda do Centro, foi interessante o que vimos, coisas antigas que eu nunca vi antes, as roupas que os padres usavam e o mais interessante, a Capela construída dentro do Casarão, pianos antigos, telhas moldadas nas pernas dos escravos”, finalizou o aluno Wagner Mendes dos Santos.